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JL vai à escola na zona rural do Gama e leva autores e livros aos estudantes


Jornada Literária chega, hoje, ao Engenho das Lages, povoado situado no limite entre DF e Goiás: no Centro de Ensino Engenho das Lages (Cedel), Marco Miranda, Marília Pirillo se encontram com os estudantes que, previamente, haviam lido as obras -- Coisas que somem ganham pernas -- escritas pelo primeiro e ilustradas pelo segundo (Ed. Jornada Literária do DF, 2019). Some a caneta, some a mão da luva./ Some o chapéu, some o guarda-chuva./ Sempre some alguma coisa/ que ninguém vai encontrar./ Parece que ganham pernas/ e começam a caminhar./ Não sei se vão para lá,/ Não sei se vêm para cá,/ Se você quiser procurar/ neste livro vai encontrar. Esses são alguns dos versos com os quais o os estudantes do Cedel vêm se divertindo. E tanto se ligaram no livro que passaram boas horas da manhã rimando “casaco” com “pato”, “corredor” com “ventilador” e mais algumas dezenas de coisas que, ao sumirem, ganharam pernas e foram fazer atividades bem nonsense como “Onde foi parar a minha fita?” E a resposta: “Ganhou pernas e foi brincar com a cabrita.”

Os estudantes que fizeram as melhores rimas ganharam livros autografados pelos dois autores.


No período da tarde, o escritor João Bosco Bezerra Bonfim que se encontrou com os alunos que leram seu livro Lobo-Guará de Hotel (Ed. Jornada Literária do DF).

Samara Falcão, Coordenadora Intermediária da Unieb do Gama, considera ser fundamental o preparo dos estudantes, que é realizado pela Jornada: “O diálogo com os autores só acontece porque os meninos e meninas já conheciam a obra. E puderam fazer produções - outros desenhos e textos. E o melhor dessa conversa é a possibilidade de eles se expressarem em público, de maneira desinibida e interessada. Especialmente porque o Cedel é a escola mais distante da CRE Gama”.


A situação da escola é também um ponto de destaque: “É bem legal ver também que o fato de serem filhos de agricultores, carroceiros, ambulantes da área da BR 060, nada disso impede que tenham essa desenvoltura letrada, indo lá na frente e dizendo os versos que criaram. Há muito tempo que vimos trabalhando com a perspectiva da leitura não só do texto, mas também da imagem e da expressão da voz e do corpo. É o que vimos chamando de multiletramento. E, agora, aqui, no Cedel, com a Jornada Literária, estamos assistindo a isso” completa a coordenadora da Unieb.

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