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Jornada Literária chega à sala de aula e já dá seus primeiros frutos nas escolas




A Segunda Edição da Jornada Literária do Distrito Federal entra na quarta semana, aproximando-se ainda mais das escolas do Gama, Samambaia, Santa Maria e Recanto das Emas.



Até o dia 26, alunos do Centro de Ensino Fundamental 03, do Gama, receberão nas salas de aula os escritores José Rezende Jr. e João Bosco Bezerra Bomfim. Os dois vão conversar com os estudantes sobre dois de seus livros: Fábula Urbana (Ed. Janeiro, 2014), que tem ilustrações de Rogério Coelho, e O Romance do Vaqueiro Voador (Callis, 2010), respectivamente. Alunos da mesma escola, que cursam a Educação de Jovens e Adultos, já haviam conversado com os autores, só que no Teatro Sesc Paulo Gracindo, no Gama, que na primeira semana do evento recebeu boa parte das atividades da Jornada.

Cerca de 8,5 mil pessoas, entre alunos e professores, já foram atendidas pela Jornada Literária. No Gama e em Samambaia, cerca de 15 escolas receberam atividades, incluindo aquelas de que participam os professores.


Segundo João Bosco Bezerra Bomfim, que também é curador da Jornada, “Nos encontros com os alunos, em ambientes menores do que o do Teatro Sesc Paulo Gracindo, conseguimos atender a quase todos os presentes, com as perguntas, com respostas às curiosidades”. Pela programação, oito escritores ainda conversarão com alunos e professores de escolas de Samambaia, Santa Maria, Gama e Recanto das Emas.


O sucesso da Jornada Literária, no entanto, não está exatamente nos números, e sim no espírito da comunidade escolar em relação à literatura e aos livros. João Bosco Bezerra Bonfim diz que as conversas com os escritores têm se estendido além do horário programado, tal é o interesse dos participantes. “Para nós, da curadoria e para os autores, esse ‘ir aonde o leitor está’ é um ato de reencantamento. Muitos escritores estão acostumados a grupos seletos, de iguais, de outros escritores; ou de pessoas já habituadas a saraus e lançamentos. Mas nos encontros nas escolas, não; isso é uma novidade. Tanto para quem nos recebe quanto para os que vão lá”, conta, feliz, o curador do evento.


O efeito junto aos diretores das escolas também tem sido positivo. De acordo com o curador, eles estão pedindo outras atividades e deslocando professores para organizá-las. Destacando o papel do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a contribuição do SESC-DF, cita dois exemplos de ações que já são frutos da Jornada. Uma delas foi na Escola Classe 03, no Gama. “Montaram salas temáticas com dois livros –  O Rouxinol em Cordel (de João Bosco, com ilustrações de Laerte Silvino, Ed. DCL, 2015) e O Paradeiro do Padeiro, de Marco Miranda (Ed. Elementar, 2010) –  juntaram chapéu-de-couro nordestino com chapéu cônico chinês; fizeram padarias e pães e tortas e roscas de verdade para distribuir entre os participantes; fizeram leituras dramatizadas. E o mais bonito: trouxeram as famílias”, lembra. “Em outra escola, o Centro de Ensino Infantil 1, também do Gama, os alunos adotaram dois livros do Ivan Zigg, um deles em parceria com Tino Freitas, e transformaram o colégio nos livros: quadros, músicas, maquetes, dramatizações” explica o curador.

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